sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O evangelho cristão e o gerenciamento emocional

  
Antonio Augusto de Sá Neto



  Jesus Cristo, o psicoterapeuta divino por excelência, elaborou seu evangelho para ser um roteiro de luz para os que estão sem rumo na vida. Nele, todas as criaturas que estão desnorteadas, desesperadas e abatidas encontrarão alento para as suas dores. Verdadeiro legado de sabedoria, o evangelho já iluminou a vida de incontáveis criaturas no mundo. Pode-se afirmar, sem titubear, que o evangelho do Cristo é um tratado de saúde mental.
  O célebre psiquiatra Augusto Cury em muitas de suas obras, afirma que Jesus Cristo é o "Mestre dos Mestres", já que sua emoção era irrigada com as mais belas sementes de tolerância, fraternidade e humildade, dentre outras virtudes. Como assevera Cury, indubitavelmente, seus gestos desafiam a compreensão humana ordinária. Atos como tratar um leproso como um príncipe, valorizar os excluídos, amar todos incondicionalmente, faziam parte de sua rotina diária.
  A neurociência afirma que as emoções surgem a partir dos pensamentos que cultivamos e das experiências que temos em toda nossa vida, que ficam registradas nos solos da nossa memória. Se temos experiências de amor, solidariedade, compaixão dentre outras virtudes, estamos programando a nossa mente para gerar emoções de paz, felicidade e harmonia, dentre outras sensações agradáveis. Entretanto, se arquivamos experiências doentias contendo sentimentos nocivos como ódio, orgulho, discriminação, preconceito, ganância, dentre outras mazelas, nossa mente será programada para sentir tristeza e depressão, devido ao fato de se formarem  janelas killer, que nos fazem reagir instintiva e ansiosamente.
   Com isso pode-se afirmar que as ideias contidas no evangelho são de natureza terapêutica devido ao seu conteúdo, que se reveste exclusivamente de sentimentos e emoções superiores. Foi esse o motivo porque afirmei que o evangelho é um tratado de saúde mental, já que é um tratado de amor.
  Quando se ama, se é saudável. O amor é o maior sentimento que existe no mundo, dínamo propulsor da vida. Por amor à vida Deus criou o universo. O amor é a fonte essencial da felicidade no mundo.
  O desamor é em realidade, uma doença. Uma verdadeira doença da alma, a qual cumpre a nós nos curarmos, com a terapia do evangelho de Jesus. Todos nós devemos nos exercitar no exercício de remoção do desamor em nossos corações e cultivar no solo do nosso coração o amor ao próximo, amor incondicional, tal como asseverou Jesus.
  O cultivo de bons sentimentos reedita a nossa memória, fazendo as experiências de amor se sobreporem às experiências traumáticas, reciclando assim o lixo mental e emocional para se atingir um estado de maior paz e serenidade. Tal postura deve ser feita, sem hesitação, sem reserva, já que o verdadeiro amor é um sentimento que deve brotar do nosso coração, com extremo desinteresse, jamais uma negociação, o que só traz consequencias funestas para a pessoa e os outros ao seu redor.
  Que possamos meus caros amigos, nos modificarmos sem exigir do outro a modificação, compreendendo que cada um terá o seu momento de transformação interior. Precisamos aceitar os outros como eles são, já que os mesmos respondem aos acontecimentos da vida de acordo com seu grau de evolução. A natureza não dá saltos e isso também se refere ao progresso moral de cada indivíduo em processo de evolução.
 Que possamos ser instrumentos do amor. Seguir o que Jesus disse: "Quem quiser me seguir, pegue a sua cruz e siga-me". O espírita compenetrado das lições do evangelho, inevitavelmente irá fazer ações de auxílio ao seu próximo, ajudando a melhorar a realidade social onde vive por meio da caridade. Ele sabe que não há outro caminho.
 Tenhamos certeza de que seguindo por esse caminho seguiremos por um caminho abençoado, onde a paz de Deus irá reinar em nossos corações, com absoluta certeza de que precisamos nos livrar do homem velho e cultivar o amor, onde estaremos dando passos gigantescos para a nossa evolução.

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