Antonio Augusto Neto
No dia-a-dia das experiências do espírita, seja como espírita, seja como criatura humana, é cada vez convincente a necessidade do perdão para uma vida saudável.
No dia-a-dia das experiências do espírita, seja como espírita, seja como criatura humana, é cada vez convincente a necessidade do perdão para uma vida saudável.
O perdão é algo que nos liberta das amarras do primitivismo moral, que estipulava a lei do "olho por olho, dente por dente". O perdão nos leva a sermos criaturas mais humanizadas, dulcificando o nosso coração e tornando-nos pessoas sábias, benevolentes e compreensivas. Sem o perdão, nosso coração se endurece e caímos nas baixadas da revolta, dos sentimentos primários, muitas das vezes nos levando a estados doentios de rancor, cólera, ódio e indiferença, que são emoções doentias, lixo emocional.
O rancor e o ódio denunciam uma alma sem elevação, presa aos interesses materiais, profundamente ignorante das leis que regem a vida e a fomenta. Além disso, é algo que gera um magnetismo pesado, poluindo a psicosfera ambiente e levando ao mal-estar de todos os que se encontram nesse mesmo ambiente.
A necessidade do perdão é algo que vai bem além da conjuntura meramente emocional. Está comprovado que o perdão liberta a pessoa de problemas mentais, ajuda a evitar neuroses e faz a criatura uma pessoa de convívio mais fácil, favorecendo o aumento do círculo de amigo e a preservação destes.
Perdoar ao próximo é um ato de extrema caridade para com ele. Perdoar a si mesmo é um caminho de libertação dos erros do passado, libertando pesos e fazendo a criatura continuar sua jornada no curso da evolução, pois sabe que sempre é tempo de recomeçar. Sabe que cada novo momento em nossas vidas pode ser um recomeço.
Para haver o perdão a si mesmo é preciso o indivíduo buscar ter auto-estima, entender suas limitações e, sobretudo, aceitar-se. Com esses sentimentos o indivíduo pode se considerar capaz de se perdoar.
Se o mundo conhecesse o perdão e o amor ao próximo, as guerras seriam um capítulo na história da humanidade, existiriam somente nos museus. A caridade e a benevolência teriam extirpado todas as mazelas sociais existentes no nosso mundo, e que tanto o mancham moralmente.
O ser humano dos dias de hoje está mais que necessitado da libertação pelo perdão e pelo amor ao próximo, homem este destinado à verticalidade da libertação pessoal, homem este que nasceu para ser sábio, benevolente e pleno em todos os sentidos.
Que o homem possa fazer o exercício do perdão. A humanidade terrena se beneficiará muito com isso, favorecendo assim uma psicosfera mais saudável.
Que a Terra de hoje possa caminhar rumo à paz. É tudo o que precisamos. Depende de cada um de nós.