segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Por uma cultura de paz nos dias de hoje

Antonio Augusto de Sá Neto


   O ser humano hoje vive dias aturdidos. A ausência de paz interior acaba refletindo em toda a sociedade, com a expressão coletiva da falta da paz individual, acabando por gerar o que vemos hoje: comportamentos exóticos, drogadicção, revoltas políticas e convulsões sociais, dentre tantas outras mazelas.
   A juventude estroina vive hoje condutas pouco felizes do ponto de vista moral, seja por conta da atitude de desrespeito sistemático ao semelhante, da falta de reverência pelos mais velhos, da entrega plena a comportamentos viciosos e cínicos e por conta ainda da vil promiscuidade em que a mesma se encontra, vivendo uma sexualidade primitiva, que destrói em vez de criar, levando a problemas sociais de consequências imprevisíveis.
  Há ainda, a exclusão social de inúmeras criaturas em guetos e favelas insalubres e sujas, sem qualquer consideração por tais criaturas humanas, vítimas de preconceito por causa da raça, da cor, da condição social, não tendo muitas vezes sequer o necessário para a sobrevivência digna de um ser humano; enquanto isso, reduzido número de criaturas concentra egoisticamente uma renda desnecessária, vivendo apenas de futilidades e coisas completamente dispensáveis...
  A superpopulação toma conta das cidades, desumanizando-as; o competitivismo toma conta da sociedade que se torna individualista e hedonista; em suma o homem sofre e perece pelo abandono, pelo desrespeito de que é vítima.
   Não nos iludamos. Toda essa problemática social é devido ao fato do homem não ter se conquistado interiormente. Ao contrário, investe todas as suas forças para aquisições exteriores, apegado a castelos de areia que logo desvanecem.
    A criatura humana tem necessidade de sabedoria. O autoconhecimento é tão essencial para ela como o alimento e o oxigênio que ela respira. Sem ideal o homem mumifica-se, fossilizando-se nas baixas paixões.
    Urge no mundo de hoje uma cultura de paz, um apelo a costumes pacíficos, ao respeito ao semelhante. A paz hoje está sendo extremamente necessária para a vida humana. Tudo isso é de fundamental importância, para que as conquistas da civilização não se percam por conta de ideologias totalmente equivocadas, altamente nocivas para a sociedade.
    Faz-se mister compreender que a paz não é simplesmente a ausência de violência, nem se pode alimentar a ilusão de que se atingirá a paz pela mera repressão policial ao criminosos; o ser humano deve entender que a paz é um estado de espírito, que pode se atingir tanto a nível individual como a nível coletivo.
   A paz se consegue a partir de atitude muitas vezes simples como: o respeito ao semelhante; a necessidade do amparo e da educação das novas gerações; gestos cordiais; reverência; enfim de todos os costumes que se podem chamar de civilizados.
   Que a criatura humana possa desabrochar suas faculdades superiores e abandonar os instintos bestiais e animalescos, instintos primitivos que fazem parte de sua caminhada espiritual ao longo das reencarnações. Que possamos nos caracterizar como seres humanos na mais legítima acepção do termo. Em outras palavras que possamos nos humanizar.
   O evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo é, sem nenhuma dúvida, um dos maiores tratados de paz e humanização de que se tem notícia no mundo até hoje. Toda a sua mensagem tem como base a construção de uma criatura nova, regenerada, inteiramente humanizada pela prática do amor e perdão incondicional por qualquer criatura humana. Sem dúvida, trata-se do maior roteiro para a humanidade edificar a paz em seu seio.
    O ser humano só tem direito de se considerar inteiramente civilizado no momento em que banir do seu meio os vícios que os degradam e o desonram. Por mais evoluído intelectual e tecnologicamente que seja, nenhum povo ou nação pode se chamar civilizado(a) quando cultiva vícios e comportamentos primitivos. Enquanto não se houver uma cultura de paz e respeito em seu meio, um povo não passa de um povo esclarecido, que não percorreu senão a primeira etapa da civilização. Numa civilização completa, não há nunca a ausência da paz.
   Que o ser humano possa edificar um mundo onde a palavra PAZ não seja mais uma palavra sem valor, somente dita da boca para fora, mas um estado de consciência e uma vivência de uma conduta pacífica. Que a palavra PAZ esteja presente principalmente nas atitudes da criatura humana, isso é tudo o que necessitamos para ter um mundo feliz.

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