quarta-feira, 16 de março de 2011

A Sapiência II

Antonio Augusto de Sá Neto



   Esse artigo trata de um outro aspecto da sabedoria, a de sabermos conviver uns com os outros, situação tulmutuada hoje em dia devido ao fato de todos quererem não trocar idéias, mas disputar quem está com toda a razão. Muitas vezes uma conversa que deveria ser um diálogo se torna um monólogo, devido ao fato de o dialogado querer impor sua opinião, seu ponto de vista para o dialogante. Situações como essas fazem parte do cotidiano de muitas famílias modernas.
   A sabedoria mostra que não somos detentores da verdade absoluta sobre nada. Logo, devemos sempre levar em conta o que o outro diz, o argumento do outro para podermos ter uma convivência pacífica.
  O livro "O evangelho segundo o espiritismo possui uma mensagem do Bispo de Argel (Cap. VII, item 12) que afirma: "não podereis ser felizes sem a benevolência mútua", o que demonstra a necessidade de termos misericórdia com o nosso irmão ou parente na hora em que o mesmo estiver em estado de desarmonia.
  A benevolência é uma virtude especial. Promove a paz e edifica a vida onde quer que se manifeste. A benevolência pode criar um estado de ventura para o grupo social que a vive. Sem espírito de serviço e benevolência, jamais poderemos edificar a paz na Terra, já que sem tais virtudes prevalecem a malevolência e o egoísmo.
  O leitor pode questionar: e onde entra a sapiência, a sabedoria em tudo isso?
  A sabedoria exerce um papel fundamental porque ela leva à compreensão, à humildade. Quanto mais sábios ficamos, mais conscientes somos de nossas limitações e das dos outros. Temos a certeza de que não somos detentores da verdade; com isso nos tornamos homens e mulheres mais tolerantes, includentes e compreensivos; tornamo-nos pessoas abertas, libertas de dogmas, preconceitos e tabus. Pessoas que, na hora da dor alheia, terão vontade de ajudar o próximo, libertando-o da situação penosa em que o mesmo, porventura, se encontre. Em outras palavras quem tem as virtudes citadas anteriormente torna-se uma pessoa benevolente e solidária. Daí ressaltar a importância da sabedoria na convivência social.
  Que o homem e a mulher desse terceiro milênio possa se compenetrar da importância desse momento que a Terra está passando, momento de transição de mundo de expiação e provas para mundo de regeneração, e possam se transformarem em cidadãos de bem, pessoas humanizadas, dignas e civilizadas. O ser humano que fizer isso estará fazendo uma grande contrubuição para si mesmo, para o próximo e para o mundo onde vive, promovendo no mesmo o progresso moral, a paz, o amor e fraternidade. Que o homem possa viver essa transformação interior fazendo da Terra um mundo onde a palavra caridade seja uma palavra bastante conjugada. Que possamos fazer da Terra um mundo de paz através da sabedoria.

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